quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Por que o Brasil não fica indignado?


O fato de que em apenas seis meses no cargo o presidente renunciar Rousseff viu dois de seus principais ministros, o governo herdadas de seu antecessor, Lula da Silva (da Casa Civil ou da Presidência, Antonio Palocci, uma espécie de primeira Ministro dos Transportes Alfredo Nascimento e) caiu sob os escombros da corrupção política, tem de se perguntar por que sociólogos neste país onde a impunidade dos políticos corruptos tem vindo a estender a idéia de que "todos são ladrões "e que" ninguém vai para a cadeia ", há o fenômeno, agora em voga em todo o mundo, o movimento de indignação.



Não sei que os brasileiros reagem à hipocrisia e falta de ética de muitos daqueles que os governam? Não se importam que os políticos que os representam no governo, no Congresso, nos estados ou municípios, são sabotagem descarada de dinheiro público? Eles perguntam muitos analistas e blogueiros políticos.mais informações



    
Brasil inicia o movimento da indignado contra a corrupção



Mesmo jovens, trabalhadores ou estudantes, até agora, apresentou a menor reação à corrupção daqueles que os governam. Curiosamente, o mais irritado com o roubo de fundos públicos por políticos, parece ser a primeira presidente mulher, o Rousseff exguerrillera, que já demonstrou publicamente o seu desagrado por o "controle" em curso nas áreas de governo. O presidente perdeu o seu governo e diz que não tem mesmo de terminar a purga a dois principais ministros, com o agravante de que foram herdados de seu sucessor, o popular Lula da Silva, que pediu para mantê-los em governo.



Hoje, a imprensa refere-se a Dilma começou a verter algumas "Maldito" herança hábitos corruptos do passado. E as pessoas na rua por que não ecoa, subindo movimento aqui tambiénel indignado? Por que não mobilizar as redes sociais? Brasil após a ditadura militar foram às ruas para marcar a marcha "Direct e" para exigir o retorno às urnas, o símbolo da democracia. Assim fez para forçar o presidente Collor do cargo antes das denúncias de corrupção contra ele.  


Mas hoje o cego paíse stá à corrupção em curso. As causas únicos capazes de trazer a rua até dois milhões de pessoas são homossexuais, seguidores das igrejas evangélicas sobre a festa de Jesus e aqueles que pedem a liberalização da maconha.


Será que os jovens não têm nenhuma razão para exigir um Brasil não só cada vez mais rico (ou pelo menos menos pobres), mais desenvolvido, mais força internacional, mas também menos corrupta nas suas dimensões política, mais justa, menos desigual, onde um vereador não ganhar até dez vezes mais do que um professor ea cem por um deputado, ou onde um cidadão comum após os 30 anos de trabalho, aposentando-se com 650 reais (400 euros), enquanto um funcionário público de 30.000 reais (13.000 euros).



Brasil em breve será a sexta maior economia do mundo, mas para agora seguir a cauda em termos de desigualdade social e direitos humanos. Ele ainda é um país onde as mulheres são autorizados a ter um aborto, o desemprego das pessoas de cor chega a 20%, contra 6% dos brancos, ea polícia é uma das mais violentas do mundo.



Há aqueles que culpou a apatia dos jovens para o fato de que uma propaganda bem sucedidas os convenceu de que o Brasil é agora a inveja de metade do mundo (e é em outros aspectos). Ou que para sair da pobreza de 30 milhões de pessoas têm sido levados a acreditar que tudo está bem, sem entender que um cidadão de classe média europeia é igual a um rico ainda está aqui.



Outros culpam o fato de que os brasileiros são um povo pacífico, pouco dadas aos protestos, que gostam de viver feliz com o que têm e eles trabalham para viver e não viver para trabalhar. Isto também é verdade, mas ainda não explica por que, num mundo globalizado, onde você sabe imediatamente o que está acontecendo no planeta, começando com os movimentos de protesto de milhões de jovens que pedem democracia e acusá-lo de ser degenerado brasileiros não lutar pelo país, além de ser mais rico, mais justo também, menos corrupto, mais igualitária e menos violenta em todos os níveis. Assim é o Brasil que sonho honesto deixar para seus filhos, um país onde as pessoas não perderam o gosto de desfrutar o pouco ou muito que você tem que seria ainda melhor se a partir de um movimento de raiva, capaz de limpar escória de corrupção que atingiu todas as esferas de poder.




Reportagen original El país "por qué Brasil no tiene indignados? http://internacional.elpais.com/internacional/2011/07/07/actualidad/1309989609_850215.html


terça-feira, 24 de julho de 2012

Exercer a cidadania : afinal, do que estamos falando?


O que você entende quando alguém fala em exercer a cidadania? Para muitos, essa expressão tão utilizada, está ligada à participação em programas sociais, ao engajamento à causas que lutam por direitos que não estão sendo respeitados, a processos burocráticos, etc. De modo geral, a idéia é a de que o exercício da cidadania dá trabalho.

Acordar, tomar café, ir para o trabalho, cuidar das crianças, estudar, encontrar os amigos, namorar, comparecer a eventos sociais, cuidar do corpo, e outras tantas atividades que compõem o dia a dia parece mais que bastante nesses tempos corridos.

É mais fácil se queixar dos políticos, culpar a má qualidade dos serviços prestados à população e seguir encapsulado na própria individualidade. Aceita-se o inaceitável porque denunciar, exigir seus direitos demanda uma atitude. Com isso, vai-se deixando pra lá o que não faz sentido deixar passar.

Hoje, vi um motorista de ônibus arrancar o veículo antes da passageira acabar de descer o último degrau. Faltou muito pouco para um grave acidente. Quantas vezes você observou a cidade cheia de lixo, flanelinhas atacando carros, idosos em luta com calçadas esburacadas, etc? Preços abusivos, condutas desrespeitosas, práticas ilícitas. Todas essas coisas fazem parte de um grande pacote alimentado pela indiferença com que nós, cidadãos, terminamos por tolerar o intolerável.

Exercer a cidadania pode ser tomar uma atitude para denunciar, exigir, cobrar. Pode ser participar de uma associação de moradores, procurar órgãos de proteção ambiental, às crianças, aos idosos, aos animais. Qualquer forma de participação: individual, coletiva, organizada ou ocasional. O fundamental é não tomar o inaceitável como natural.

(Por Jael Coaracy)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Na ficção um exemplo de revolução silenciosa

"O filme a Corrente do bem conta a história de um jovem que crê ser possível mudar o mundo a partir da ação vonluntaria de cada um.

Um professor sugere um trabalho para seus alunos, sem esperar grandes resultados, os alunos têm que pensar num jeito de mudar o mundo e colocar isso em prática, prá sua surpresa um garoto de 11 anos resolve levar o trabalho a sério e cria a corrente do bem, ou seja fazer por  alguém algo que ele memo não pode fazer por si mesmo e fazer isso para três pessoas e cada pessoa ajudada fazer isso por mais três, e assim a corrente cresceria.

E o garoto vai em frente e sem que ele mesmo perceba a concepção da corrente bem iniciada em Las Vegas está se espalhando pelos estados unidos todo."

Acredito muito nessa revolução, tenho certeza que se todo aquele que tem um mínimo de consciência e indignação for o general de sua revolução, conscientizar três pessoas sobre o seu poder de cidadão, e estas mais três conseguiremos uma legião de revolucionários engajados e dispostos a lutar contra o sistema corrupto e impune, só o povo unido fará as mudanças necessárias para melhorar o país, não esperem que os eleitos façam isso sem pressão popular , o que eles querem é dinheiro no bolso deles.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Você estudou? - BEM FEITO!!!!! ... Reebi por email e gostei

É TRIUNFO DAS NULIDADES:
O Brasil vai bem, obrigado, para os parasitas, os que nada produzem e os políticos... 
Ronaldinho Gaúcho : R$ 1.400.000,00 por mês. - "Homenageado na Academia Brasileira de Letras"...
Tiririca : R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias; - "Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"... 
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00

Moral da História:
Os professores ganham pouco, porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como: ler, escrever e pensar.
Sugestão:

Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias: 
- Educação Física:
                       Futebol
- Música:
                       Sertaneja
                       Pagode
                       Axé
- História:
                       Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
                       Biografia dos Heróis do Big Brother
                       Evolução do Pensamento das "Celebridades"
                       História da Arte: De Carla Perez a Faustão
 
- Matemática:
                      Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha.
                      Cálculo Percentual de Comissões e Propinas.
 - Português e Literatura :
                      ?????????????????????? Para quê ???????????????? 
 - Biologia, Física e Química :
                    Excluídas por excesso de complexidade

domingo, 29 de agosto de 2010

Não é nossa intenção anular eleição, já quem em nossa Pseudo democracia o TSE não permite que isso aconteça mesmo que a maioria assim o deseje, e isso também precisa mudar, se não temos o direito de escolher através do voto , então vivemos uma ditadura ou autoritarismo.

Se houver um grande índice de votos nulos, não precisa nem chegar a 50%, o sistema será obrigado a rever as leis , pois o impacto nacional e internacional será muito grande. O ficha limpa com dois milhões de assinatura obrigou o sistema a atrabalhar muito rápido para que houvesse credibilidade, e o aprovaram rapidinho, mesmo com as emendas desfavoráveis foram obrigados a fazer o que queriamos eles sabiam que se não fizessem isso o voto nulo, branco e abstenções granhariam essas eleições.

Então, imagine o impacto que seria no mínimo 30% do eleitorado votando e rejeitando o sistema seria uma verdadeira revolução, e muito mais importante que as outras que tivemos em nosso país,  a VERDADEIRA REVOLUÇÃO SILENCIOSA, genuínamente popular, sem apoio de partidos, sindicatos e da mídia das masssas, apenas o eleitor com sua consciência e insatisfação.

Um povo mobilizado e forte tem o poder, estariamos em condições de nos moblizarmos novamente para cobrar e exigir por exemplo o voto facultativo, ou pressionar para que o corrupto eleito fosse cassado, os partidos teriam mais cuidado na escolha dos candidatos, com certeza não nos enfiariam goela abaixo como fizeram esse ano com os artistas decadentes.

Utopia? Não nos países onde o povo tem consciência de sua importância na política e sabe mobilzar-se boicotar é isso o que acontece.

Veja o "bum" Osama, antes dele 50% do eleitorado compareciam as urnas, antes que o índice baixasse mais ainda, o partidos foram buscar uma cara nova para reconquistar o eleitor, e o povo voltou ás urnas.

só pra completar, as abstenções nos USA, já que o voto é facultativo, mede o índice de rejeição ao sistema e o equivalente aqui, com a obrigatoriedade do voto, é o voto nulo.

O voto nulo não é um voto válido para eleger, mas serve para medir o índice de rejeição do eleitorado, e isso é muito importante pois fortalece ainda mais a democracia, somos obrigados a votar mas escolher jamais.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A HISTÓRIA REAL DO BRASIL - Laerte Brag

Em pleno funcionamento do Congresso Nacional Constituinte (não tivemos Assembléia Nacional Constituinte) e ainda sob a tutela de setores das forças armadas, pior, sendo presidente da República José Sarney (aliado incondicional da ditadura militar), o trêfego Pimenta da Veiga, deputado eleito pelo PMDB de Minas, buscava assinaturas para propor emenda ao anteprojeto de Constituição que determinava a liberação de documentos secretos do governo federal após vinte e cinco anos e em casos extremos, após cinqüenta anos, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos.

Um dos deputados procurados por Pimenta da Veiga foi Amaral Neto, oriundo do lacerdismo e figura fundamental para a ditadura em seus primeiros momentos. A resposta do deputado carioca foi fulminante – “você está louco, quer por fogo no Brasil?”

Pimenta da Veiga, bem ao seu estilo tucano (é anterior à fundação do PSDB) respondeu que aquilo não era para valer, era apenas para fazer média com seu eleitorado.

Não prosperou como era fácil de prever. E Amaral Neto não assinou.

A candidatura do general Ernesto Geisel à presidência da República em 1974 foi imposta por seu irmão, Orlando Geisel, todo poderoso ministro do Exército, do famigerado governo de Garrastazu Medice.
Geisel fora chefe do Gabinete Militar de Tancredo Neves, no breve período parlamentarista no governo de João Goulart, historicamente era ligado ao marechal Lott – falo de Ernesto – e tido como militar anti-americano entre seus pares. Escapou do processo de degola nas forças armadas após o golpe de 1964 por conta de dois fatores. O primeiro deles Castelo Branco. Foi o presidente que abriu a temporada de barbárie e era amigo íntimo do Geisel que viria a ser o futuro presidente. Segundo, seu próprio irmão, Orlando.

De qualquer forma foi jogado em escaninhos das forças armadas. Primeiro na PETROBRAS e em seguida no STM (Superior Tribunal Militar), uma espécie de velório para militares incômodos ou então prêmio para amigos dos donos do poder.
O principal mentor político de Geisel, ou oráculo do ex-presidente, era Tancredo Neves, então deputado federal do PMDB. E foi de Geisel que partiram as primeiras articulações dentro das forças armadas para levar Tancredo a ser o primeiro presidente civil no pós ditadura.

Entre o golpe de 1964 e sua candidatura presidencial Ernesto Geisel dedicou-se ao exercício de não falar nada, entrar na muda como dizem em Minas, para evitar ser estraçalhado pela chamada linha dura – extrema direita – do Exército brasileiro.

A própria escolha de Garrastazu Medice se deu após o golpe dentro do golpe em 1968, com a incapacidade do presidente Costa e Silva, num processo eleitoral interno, dentro das forças armadas. Disputou a indicação e venceu o general Afonso de Albuquerque Lima, que acabou ministro do Interior.

Medice era o preferido dos grupos de repressão e as eleições nos quartéis quase que repetiram o sistema de votação anterior à revolução de 1930. Voto aberto e sob vigilância dos setores que detinham os comandos. Era uma época em que a tal hierarquia se fundava na maior vocação para a barbárie. Vale dizer que em determinados momentos sargentos mandavam mais que majores, capitães, por aí afora.

Contava o número de escalpos de presos políticos torturados, presas estupradas, assassinatos, o de sempre em regimes dessa natureza e com essa característica.

Sem julgamento de mérito, Ernesto Geisel equilibrou-se entre concessões à linha dura e atitudes como a mandar Delfim Neto para ser embaixador em Paris, numa espécie de exílio dourado, mas longe do Brasil, conhecida a extraordinária capacidade do ex todo poderoso ministro para articulações de bastidores (fofocas para ser mais direto).

A cada passo numa direção Geisel dava outro noutra direção.

O assassinato de Wladimir Herzog foi um desafio à determinação do general presidente de colocar um fim à tortura. Mas só conseguiu demitir o comandante do antigo II Exército, com a segunda morte, a do operário Manuel Fial Filho. Geisel, dentro de seu Ministério, tinha um adversário, Sílvio Frota, ministro do Exército e ligado à linha dura.

A vitória final de Geisel só veio quando da indicação do general João Baptista de Oliveira Figueiredo para seu sucessor. Com apoio do chefe do Gabinete Militar Hugo de Andrade Abreu o presidente deu um contra golpe às manobras de Sílvio Frota. O ministro pretendia ser ele o indicado para concorrer à sucessão presidencial.

A rigor, Frota, que tinha como certo o apoio da maioria da tropa, foi pego de surpresa e praticamente ficou detido no chamado Forte Apache – Brasília – enquanto Hugo Abreu anulava suas forças principalmente dentro do Exército.

O golpe militar de 1964 promoveu o maior expurgo na história das forças armadas brasileiras. Mais de dois mil e quinhentos oficiais, suboficiais e sargentos foram reformados ou demitidos, muitos deles presos e assassinados, caso do capitão Lamarca e do major Cerveira, por exemplo. Ou do brigadeiro Rui Moreira Lima, de larga tradição legalista dentro da força aérea, vivo até hoje e exemplo de brasilidade em todos os sentidos.

O próprio Eduardo Gomes, fundador e patrono da Aeronáutica brasileira foi colocado numa geladeira ao dar apoio ao capitão Sérgio Macaco punido por ter denunciado o plano terrorista do brigadeiro Burnier. Esse queria explodir o gasômetro no Rio de Janeiro e colocar a culpa do atentado nos comunistas, aumentando o tom da repressão. Anulando os chamados setores moderados do golpe.

Há dúvidas sobre as circunstâncias da morte de Castelo Branco, como resta como última tentativa visível de sobrevivência das forças de extrema direita, o fracassado atentado do Rio Centro, no Rio, durante um show de música popular brasileira. No governo Figueiredo. A bomba explodiu no colo de um sargento que estava a bordo de um karmanghia com um capitão, ambos encarregados do atentado. Os culpados seriam os comunistas.

O sargento morreu e o capitão terminou coronel. Valeu a saída de Golbery do Couto e Silva, ligado a Geisel e que defendeu a punição dos culpados com inquérito público.

O processo democrático, numa boa medida, implica em reconstrução das forças armadas brasileiras. A imensa maioria dos chefes militares continua batendo continência para a bandeira e os interesses dos Estados Unidos e enxergando a presença de comunistas debaixo de cada cama de cada brasileiro.

Não há um compromisso explícito dos militares brasileiros com o País, mas com empresas multinacionais, latifúndio e a política imperialista dos EUA. Vivem ainda na pré-história, no tempo da guerra fria.
Uma das atitudes de Geisel quando presidente foi romper o acordo militar Brasil – EUA. Uma das concessões mais perigosas do governo Lula na sua política de uma no cravo e outra na ferradura foi o de reatar esse acordo.

Outra atitude de Geisel foi fortalecer a IMBEL (INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MATERIAL BÉLICO) e a ENGESA (ENGENHEIROS ESPECIALIZADOS S/A). Num dado momento os veículos militares brasileiros, produzidos por essas empresas estatais, OSÓRIO e URUTU se mostraram superiores aos produzidos pela indústria bélica dos EUA, da França, da Grã Bretanha, da Bélgica e ganharam mundo afora sobretudo países árabes como a Líbia e o Iraque.

A EMBRAER, ainda estatal, começou a desenvolver em parceria com setores da construção aeronáutica da Itália, um projeto de caça bombardeio com tecnologia brasileira e italiana.

Quando citei acima a questão dos documentos secretos tinha em mente a história até agora secreta, das pressões e ações (de guerra inclusive) do governo dos EUA, contra a exportação de equipamentos bélicos produzidos por empresas estatais brasileiras para outros países.


O sucateamento da ENGESA e da IMBEL começou no governo Figueiredo e foi acentuado nos seus sucessores civis. A EMBRAER estatal, capaz de colocar a indústria aeronáutica brasileira entre as melhores do mundo, foi privatizada no governo de FHC.

Nada por acaso, tudo deliberado em Washington. Militares e governos subordinados aos interesses norte-americanos.

É recente a decisão do governo do ex-presidente Bush de vetar a venda de aviões de treinamento tucano da EMBRAER para a Venezuela. Por deterem tecnologia norte-americana em determinados componentes e pela participação acionária de grupos dos EUA.

Essas concessões, perigosas e que ferem a nossa soberania, plenas a absolutas no governo de FHC, cederam, por exemplo, no primeiro escândalo daquele governo (por si só um escândalo), o controle da Amazônia, no projeto SIVAM – SISTEMA DE VIGILÂNCIA DA AMAZÔNIA –, operado por uma “empresa” dos EUA e militares brasileiros, ou supostamente brasileiros.

FHC só não cedeu a base de Alcântara, no Maranhão, por força da pressão popular e da reação de setores nacionalistas das forças armadas.

A hipótese da eleição do candidato José Arruda Serra abre a possibilidade tão sonhada pelos norte-americanos no campo militar. Bases no Brasil. Na Amazônia, no Nordeste e no Sul.
Várias tentativas já foram feitas e refugadas.

Como dizia Nixon, “para onde se inclinar o Brasil, vai se inclinar a América Latina”, logo, é fundamental ter o controle do Brasil.

Num momento em que os EUA assumem o controle de praticamente todo o mundo a partir de uma “uma embriaguês pelo poder militar” (definição de Hans Blinx, inspetor da ONU no Iraque à época que precedeu a invasão - 2003 – e constatou a mentira das armas químicas e biológicas) o Brasil ganha contornos vitais para a política capitalista e imperialista norte-americana.

A presença de governos independentes e com projetos de integração latino-americana como o da Venezuela, da Bolívia, da Nicarágua, Cuba, a própria Argentina e o Brasil noutra dimensão – uma no cravo outra na ferradura – ou o “capitalismo a brasileira” como bem definiu Ivan Pinheiro, secretário geral do PCB – Partido Comunista Brasileiro – e candidato à presidente da República, transforma o processo eleitoral brasileiro num jogo decisivo para as políticas norte-americanas.

Lula reativou o acordo militar com os EUA e com isso abriu espaços para os militares que vestem fardas brasileiras e pensam e prestam obediência a Washington e em seus quase oito anos, não foi capaz de resolver o problema de novos caças bombardeios para a FAB – FORÇA AÉREA BRASILEIRA -, tamanhas as pressões dos EUA, tanto quanto, retardou a construção de submarinos nucleares, indispensáveis à nossa soberania. A compra de dois desses submarinos à França foi paliativo, temos tecnologia nacional para construir essas belonaves.

Se uma no cravo e outra na ferradura é uma forma de buscar avanços compensatórios em outros setores, é algo a se discutir. As concessões muitas vezes, ou todas as vezes, são maiores que os ganhos. A própria política de alianças é complicada quando se tem setores do latifúndio próximos do governo.
O agronegócio é uma das formas de dominação econômica e estratégica. Está todo ele em mãos estrangeiras. Cria um nível de dependência absoluto na agricultura.

É claro que retrocesso é José Arruda Serra. Não significa que Dilma Roussef seja avanço lato senso. Significa que uma volta aos tempos de FHC liquida qualquer perspectiva a curto e médio prazo de nos transformamos numa potência livre, soberana e justa em todos os sentidos.

E isso, como disseram Ivan Pinheiro em entrevista a RECORDNEWS e Plínio de Arruda Sampaio no debate da BANDEIRANTES, vai depender basicamente dos movimentos populares. Da formação e organização. São a força motriz da real independência do Brasil.

Se não temos bases militares dos EUA no Brasil, temos boa parte de nossas forças armadas colonizadas e subordinadas aos EUA.

E o maior de todos os desafios em tempos atuais. O da Comunicação. A grande mídia em nosso País é tudo menos brasileira. Controlada por grupos econômicos estrangeiros, submissa a interesses de potências outras. Concentrada em poucas mãos, poucas famílias (mafiosas), tenta moldar o pensamento do brasileiro de tal forma que num dado momento, por exemplo, saci pererê some para dar lugar ao haloween. Nossas escolas, tanto privadas como públicas, já incorporaram essa data ao seu calendário. É só um exemplo.

A história real do Brasil precisa ser conhecida. Precisa ser pública. E um desafio, dentre tantos para o próximo governo, o Poder Legislativo, é acabar com os segredos de Estado.

Exibir a barbárie nua e crua da ditadura militar que hoje permite a torturadores como Torres de Melo se arvorarem em patriotas defensores da honra nacional. Mas pior que ele, pau mandado, na junção de grandes empresas, latifúndio, banqueiros e boa parte das nossas forças armadas, transformados em uma realidade de espetáculo, alienar o cidadão comum, as classes médias (come arroz e feijão e arrota maionese e está sempre pronta a dizer sim senhor), impedir que o movimento popular ganhe força, criminalizando-o (a recente CPI do MST não encontrou nenhuma irregularidade no uso de financiamentos para agricultores e a GLOBO sequer tocou no assunto), enfim, uma espécie de FANTÁSTICO SHOW DA VIDA, onde o principal problema do Brasil é o goleiro do Flamengo, Bruno.

Não se trata só de abrir os baús da ditadura. Mostrar a face real dos governos militares. Mas colocar a nu também os que hoje se escondem sob o manto da democracia e conspiram para que sejamos apenas um sonho emasculado em colônia do capitalismo selvagem dos norte-americanos e tudo o que representam.
Gente padrão Jarbas Vasconcelos, Roberto Freire, Alberto Goldman, etc, etc.

Aviões militares fabricados por Israel estão, dois deles, na região de Santa Cruz do Sul, com presença de técnicos de Israel, fazendo demonstrações de vôos não tripulados e podem vir a se incorporar a FAB.
São vinte toneladas de equipamentos no aeroporto Luís Beck da Silva. São dois “HERMES 450” fabricados pela empresa israelense ELBIT SYSTEMS e perto de quarenta homens acompanham os exercícios da Base Aérea de Santa Maria, entre eles representantes da empresa fabricante e seus credenciados no Brasil, a AEROELETRÔNICA.

Esses aviões são usados no Oriente Médio para monitorar o povo palestino, despejar bombas, monitorar o sul do Líbano e a eventualidade de uso deles pelo Brasil implica em dependência tecnológica – não há transferência de tecnologia para o Brasil -, naquilo que somos capazes de fazer.

Segundo o tenente coronel Paulo Ricardo Laux, gerente do grupo de trabalho os aviões vão se exibir até o dia vinte de agosto.

Por coincidência ou não, a grande colônia palestina no Brasil está naquela região, no Sul do País. Onde Bush queria colocar uma base para controlar o “terrorismo”. E também o Aquífero Guarani, a quinta maior reserva de água subterrânea do mundo.

É hora de encarar o desafio de expor as histórias secretas que são, na verdade, as histórias reais dos que controlam o Brasil e querem-no colônia de interesses estrangeiros. E de enfrentar o desafio da Comunicação. Romper a barreira imposta pela grande mídia corrupta, venal e dominada igualmente por esses mesmos grupos.

domingo, 15 de agosto de 2010

TODO PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME SERÁ EXERCIDO"(?)

TODO PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME SERÁ EXERCIDO"(?)
Autor: JOILSON FERNANDES DE GOUVEIA*
Nossa Carta Política de 1988, a carta cidadã, estabelece em seu Art. 1º, Parágrafo Único."Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição". Logo, infere-se que todo poder emanado do elemento povo que é constituído do indivíduo, do simples alguém, da pessoa, do ser humano, do sujeito de direitos, do cidadão que,  facultado alistar-se, eleitoralmente, para adquirir o direito de votar já aos 16 anos de idade (direito de sufrágio), o direito de escolher os destinos da Nação, cuja condição de cidadania “significa o status constitucionalmente assegurado ao indivíduo de ser titular do direito à participação ativa na formação da vontade nacional. Diz o festejado mestre: “Deve-se entender os termos cidadania e soberania popular como sinônimos, como vínculo jurídico-político do cidadão com o Estado”. Sendo que, aos 18 anos de idade, é obrigatório posto ser o alistamento eleitoral dever de todo cidadão.
 
Note-se que o poder é do povo (soberania popular) que elege os seus representantes ao outorgar-lhes ou delegar-lhes um mandato parlamentar, para o Legislativo ou para o Executivo. Mas, é importante destacar que, não lhes outorgamos nenhuma procuração para espoliarem, aviltarem e saquearem ao erário em nosso nome e mentirem insolente, descarada e impunemente para toda a nação, dessarte, espezinharem a nossa cidadania e/ou a soberania popular, nos chamando a todos nós de palhaços, além de fazerem menoscabo da ética, da moral, da lei e da ordem.
 
Há algo inexplicável nessa delegação, nessa fonte de poder ou até mesmo um grave erro está aí, ou seja, o povo pela cidadania plena (soberania popular) é o mandatário dessa procuração, posto que os elegem e os põem lá, lhes dá um mandato para serem nossos legítimos representantes, mas esse mesmo povo, ainda que seja o real, único e verdadeiro mandatário não dispõe de nenhum meio ou forma e/ou não tem poderes de reaver esse mandato, de os expulsarem de lá e de cassá-los, não há nenhuma forma que dependa diretamente do povo de expurgá-los de lá e de pô-los na cadeia, mormente quando eles descumprem suas obrigações e despenham da ética e do dever parlamentares.
 
Ora, como se ter soberania popular (a cidadania plena), para se outorgar tais poderes de representatividade num mandato ao parlamentar (que deve defender os direitos e interesses legítimos de quem lhe outorgou poderes para esse fim), se não se dispõe de nenhuma soberania, autonomia ou cidadania para suspender os efeitos e a eficácia do instrumento procuratório(?) Como destituir aquele que se desvia do dever? Seria esta outorga uma doação que o impede de havê-la? Mas a doação pode ser nula se o donatário não se houver bem com o doador e com a doação. Ou não?
 
Se, de fato e de direito, é o povo que tem poderes (como bem definido na Carta Fundamental da Nação), que exerce a soberania cidadã de outorgar-lhes representatividade, mediante concessão de um mandato eleitoral, enquanto mandatário que é, por sua vez, deveria, também, dispor de meios, formas ou instrumentos para destituir ou desconstituir o mandato daquele que, comprovadamente, desrespeitasse seus compromissos e descumprisse com o seu dever.
 
Assim, independentemente de haver eleição, para se investir determinado parlamentar num mandato eleitoral como representante do povo, este poderia afastar o parlamentar ímprobo, indiligente, desidioso ou indecoroso mediante um processo semelhante ao da eleição. Se é ele que o põe. Então, deve ser ele que o depõe. Ou seja, do mesmo jeito que elegeu, o eleitor insatisfeito com o parlamentar ou mesmo com o executivo, votaria em urnas permanentes postas nas câmaras, assembléias e no Congresso Nacional em processo semelhante ao da eleição, onde ele digitaria o número ou o nome do desidioso que gostaria de ver cassar e alcançando-se, no mínimo, a maioria simples do número de votos obtido por ele na sua última eleição, ele estaria destituído, de acordo com a soberana vontade do povo. O povo o outorgou e o mesmo povo tirou.
 
Assim sendo, através de urnas eletrônicas, de e-mail, carta, telegrama, fax ou mesmo serviço telefônico gratuito do 0800 do STE e TRE de cada estado ou dos poderes legislativos, à semelhança dos programas interativos de TV, que fazem pesquisas diversas, tanto para cassar o desditoso quanto para aceitar a indicação do suplente do cassado, o qual sequer recebeu outorga do povo para ser seu representante. É o mesmo que passar uma procuração para um advogado que não foi contratado pelo cliente.
 
Do jeito que está, é de se notar que até há um arremedo de processo ético de cassação (no mais da vez, diga-se protelatório, no nosso modo de ver, apenas para esfriar o clamor da opinião pública) ou mesmo o de impeachment (se for o caso do chefe do executivo) onde os seus pares (deles mesmos) os julgam – mas, in casu, não é dado ao povo, aquele que deu poderes ao seu representante, que o investiu no cargo ao exercer sua soberania popular, pela eleição, não tem poderes de desconstituí-lo do cargo que ele outorgou.
 
Assim, o povo expede-lhe uma procuração para se ver representado mas sequer dispõe de meios de suspender ou revogar essa mesma procuração em casos que tais. Se o parlamentar honra o seu mandato eleitoral tudo bem, mas, ao contrário, nada poderá fazer seu mandatário amargando até expirado o mandato. É uma ignorância absurda, convenhamos, ou uma ignara vontade sem controle algum. Daí se dizer sempre, numa eleição: “eu quero mais é me arrumar (se dar bem; levar a melhor; levar vantagens)... e o povo que se exploda.
 
E, ainda assim, quando há a menor possibilidade de se punir ou, como se diz, se a coisa aperta, de pronto, é-lhes assegurado uma renúncia e tudo morre ali e ninguém mais fala nisso, como se nada tivesse acontecido. O representante se locupleta de forma ilícita, criminosa e escancaradamente mas não devolve sequer um ceitil[v] e, ainda por cima, ameaça uma volta em breve. Logo é substituído por um ilustre desconhecido e que o povo não escolheu, deliberadamente. Não há escolha ou votação para o suplente, este se nos antolha desprovido de legitimidade e de representatividade posto que o povo, que detém o poder, não lhe outorgou nada disto. Ademais, salvo na renúncia para evitar casacão, o erário paga aos dois; ao titular e ao suplente. Trata-se de um cruel e odioso desperdício, convenhamos.
 
Onde o poder de defensores do povo, que é dado por lei, aos mais diversos procuradores e dos promotores de justiça? Percebam, pois, que o juiz só poderá fazer algo se o caso lhe chegar às mãos por petição ou queixa ou denúncia de alguém do povo que os denuncie, i.e., assuma a responsabilidade de um dever que não é seu posto que munus daqueles. Não é, deveras, muita cômoda a situação desses senhores, mesmo ante a notitia criminis, se alguém do povo não firmar nada e provar aquilo que todo mundo já sabe pela mídia, eles permanecem inermes, incólumes e poderosos e cada dia mais ricos. É que, oficialmente, não me chegou nada às mãos, dizem. E quando chega haja mora, demora e morosidade até a prescrição ou caducidade ou mesmo absolvição, vejam, por exemplo, o caso do Najhi Najas e, agora, o de Sérgio Nayas, dentre outros mais recentes.
 
Procurem lembrar ou pesquisar quem são os nossos parlamentares congressistas e vejam se não é a imensa maioria deles e notem há quanto tempo estão lá, desde quando e como chegaram lá. É incrível! Mas são os mesmos há mais de quatro, cinco ou seis décadas. E procurem saber quanto é que a Nação gasta com esse senhores semideuses? – São mais de 500 aquinhoados de gordos salários e infindáveis mordomias. Sair de lá, só por morte. São vitalícios e perenes como no judiciário. E, quando saírem de lá, se saírem, passarão o cetro aos seus primogênitos ou parentela, no caso sempre a um Júnior, para continuar na mamata, e que o povo sequer o escolheu. Percebam.
 
Isto posto, como pode o administrado (o sofrido e espoliado povo, que deveria ter o poder para decidir essas questões) responder pela irresponsabilidade, incúria e a desídia desses ditos administradores da nação? (deste governo que aí está e teima em ficar, para isso não há escrúpulo algum em admitir que o faz comprando os dignos representantes do povo, para impedir toda e qualquer apuração contra inúmeros casos de corrupção de seu desgoverno). E, olhem que isso não é novidade, inclusive, até já ensejou a renúncia de uns outros parlamentares, num passado recente, lembram?
 
Por falar nisso, há uma outra coisa: um certo Fernando fez tchum, esse outro Fernando faz tchum, tchum (foi reeleito) com o pobre dinheirinho dos brasileiros e do espoliado Erário Nacional. Só falta um outro para fazer o tcham, tcham, tcham (e afundar de vez a Nação). Será que o beira-mar o fará? Só se pode afundar no mar e não na beira. Ou Não?
 
É isso aí, amigos, isto é apenas um lembrete, pois em 2010 lá vamos nós de novo, totalmente esquecidos disso tudo, motivados pelo dever cívico (cidadania plena ou soberania popular) para um novo pleito (deveria ser ato de picadeiro) renovando esperanças (é disso que vive ou sobrevive a nação brasileira) e, mais uma vez, eletronicamente escolher o que já está escolhido. A propósito, os amigos crêem no voto eletrônico, depois do episódio do invulnerável painel eletrônico do Congresso?